Corvet

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 O Corvette, nome que deriva de um ágil e pequeno barco do século XIX, representou a resposta norte-americana para o "exigente" mercado automotivo europeu do pós-guerra. Conheça sua história

Depois da Segunda Guerra Mundial, muitos americanos procuravam comprar carros esportivos europeus, porque significavam status. Nesta época não existia, nos Estados Unidos, nenhuma montadora especializada neste segmento, elas apenas fabricavam automóveis de passeio e isso incomodava os diretores da Chevrolet, que queriam um "puro- sangue" do seu país.

A idéia da Chevrolet era construir uma "supermáquina" de dois lugares, com motor dianteiro, tração traseira e carroceria de fibra de vidro. E foi exatamente isto que ela fez e assim criou uma fórmula que já dura quase 50 anos.

O responsável pelo desenho do primeiro Corvette é Harley Earl, que apresenta o modelo para o grande público em 1953. O carro impressiona, tanto que a Chevrolet tem de apressar sua produção, que estava programada apenas para 1954.

A produção começa na planta de Flint, em Michigan. Só no primeiro ano foram fabricadas 300 unidades, todas na cor branca, com motor "Blue Frame" de 6 cilindros em linha. Em 1955, a marca passa a oferecer o modelo com motor V8.

Os primeiros detalhes do Corvette só foram mudados em 1956, quando seus faróis dianteiros foram redesenhados. Todos os modelos deste ano são fabricados com motor V8 de 265 polegadas cúbicas.

Apesar de chamar a atenção, o Corvette só é considerado um esportivo de primeira a partir de 1957, quando modifica o motor V8, aumentando para 283 polegadas cúbicas e implanta o sistema de injeção de combustível que oferece muito mais força ao modelo. Todas estas mudanças técnicas são feitas pelo engenheiro Zora Arkus Duntov.

Já em 1958, o Corvette apresenta claras mudanças em seu desenho. O modelo ganha novos faróis, grades, vincos e aberturas no capô que o deixa mais agressivo. O seu interior também é modificado.

As aberturas no capô são retiradas em 1959, mas os outros acabamentos permanecem iguais até 1960. A frente do Corvette só volta a ser modificada em 1961, recebendo novos faróis redondos e uma nova grade. Nesse mesmo ano, a traseira também é remodelada.

Em 1962, o Corvette é equipado com uma importante novidade, isto é, recebe um motor de 327 polegadas cúbicas. Este é o último ano que o modelo sai com eixo traseiro rígido e faróis dianteiros expostos.

O ano de 1963 é realmente marcante para a marca, que lança uma versão do Corvette chamada Stingray. Este modelo tem um desenho radical que chama muita atenção para a época.

Os faróis da frente são escamoteáveis e a traseira é totalmente reformulada, tanto que foi considerado o cupê com a parte de trás mais bonita. O grande diferencial era as janelas traseiras dividas em duas partes por uma coluna central, isso foi nomeado de "Split Window".

Mas as janelas traseiras divididas são muito modernas para a época. Tanto que em 1964 a marca volta a optar por um vidro único.

Em 1965, não acontecem mudanças estéticas e sim mecânicas. Este é o primeiro ano que um carro Corvette é equipado com freios a disco nas quatro rodas e um novo sistema de injeção de combustível.

A carroceria e o interior do Corvette permanecem iguais em 1966. A grande novidade é novamente o aumento da potência do motor que passou para 427 polegadas cúbicas. Em 1967, sai o último modelo da primeira geração do Stingray.

Por este motivo, o carro foi elaborado com todo cuidado, isto é, equipado com os melhores acessórios e adesivado com o número de sua potência "427", parecendo até um automóvel de corrida.

O modelo de 1968 muda completamente e ganha um estilo totalmente radical, que foi inspirado no carro-conceito "Mako Shark II". O interior também é totalmente remodelado, isso porque o carro ficou mais largo. Este também é o primeiro Corvette com câmbio automático de 3 velocidades. Este sistema era chamado de Turbohydramatic. Neste ano a marca bate seu recorde de vendas.

Em 1969, o modelo não recebe alterações estéticas, mas a marca volta a vender uma versão com um motor de 350 polegadas cúbicas (utilizado em 1962) e outra com 427 polegadas cúbicas.

Somente em 1970 o Corvette passa a ter seu acabamento interno em madeira e seus bancos revestidos de couro. Nesse ano, a marca também oferece o carro com a opção de transmissão manual e automática de 4 velocidades e seu motor aumenta a potência para 454 polegadas cúbicas.

A marca não faz muitas modificações no modelo de 1971, isso porque os engenheiros da montadora estavam mais preocupados em melhorar a potência e o câmbio do veículo do que em sua aparência. Em 1972, sai o último carro com a traseira de janela removível.

O ano de 1973 é importante para o Corvette, pois é a primeira vez que o modelo tinha de se adaptar às normas de segurança automotiva impostas pelo governo dos Estados Unidos.

Por este motivo, o modelo ganha barras laterais de proteção e algumas partes de metais são substituídas por plástico deformável. Em 1974, as mudanças continuam e é incorporado o cinto de segurança, este é o último ano do motor com 454 polegadas cúbicas.

Em 1975 é o último ano que sai de linha um Corvette conversível, isso porque as normas de segurança, nos Estados Unidos, estavam mudando e a marca prefere criar um veículo mais seguro.

Nos dois próximos anos (1976 e 1977) não houve grandes mudanças. A Corvette comemora 500 000 unidades produzidas desde seu começo.

Para comemorar os 25 anos da marca, a Corvette produz em 1978, uma edição especial que tem um emblema comemorativo. Esse ano a marca também cria um "pace-car" para a edição de número 62 das 500 Milhas de Indianópolis. No ano seguinte (1979) só são feitas melhorias nos motores e no interior do modelo.

A década de 80 começa com um novo Corvette, que é rebaixado e agora integra um spoiler, deixando-o com um aspecto mais agressivo.

Em 1981, a produção dos modelos muda de Estado e vai para Kentucky. A única mudança: a carroceria é reforçada com fibra de vidro.

Em 1982 o modelo oferece como opcional uma transmissão automática com overdrive. Em 1983 a Corvette não vende nenhum veículo ao público, a marca somente produz 43 prótotipos da quarta geração.

O ano de 1985 é muito importante para a marca, pois a Lotus e a Chevrolet desenvolvem juntas um novo motor, que quatro anos mais tarde equiparia o Corvette ZR1.

No ano de 1986 é apresentado no Salão de Detroit o carro-conceito Corvette CERV III, que está equipado com tração e direção nas quatro rodas, uma grande inovação tecnológica para a época.

Somente em 1990 é comercializado o Corvette CREV III, com motor V8 de 5.7 litros, 32 válvulas e 650 cv. Com isso, o carro atingia uma velocidade máxima de 360 km/h.

Um ano mais tarde foi apresentado ao público o Corvette Speedster Twin Turbo, que tem 450 cv e custa exatamente US$ 107 000.

A marca volta a chamar a atenção em 1997, quando desvenda o novo C5, que moderniza toda a linha e incorpora um novo motor V8 de 345 cv. Este modelo começa a ser vendido nos Estados Unidos e Canadá simultaneamente.

Até hoje o Chevrolet Corvette inova apresentando cada vez mais tecnologias. Eternamente um clássico...

Se você quer conhecer sobre o Corvette dos dias de hoje veja o comparativo na seção "Melhores do Mundo", no qual o modelo competiu com o Audi RS4, BMW M3 e Porsche 911 GT3.

Motorpress - Ibérica

Edição: Patrícia Larsen